quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Fichamentos

PONTUSCHKA, N. N. A formação pedagógica do professor de geografia e as praticas interdisciplinares. São Paulo, 1994.

Fichamento.

O texto relata de uma forma bem detalhada as transformações e embates ocorridos na geografia tanto escolar como acadêmica no Brasil, abordando dentre outras coisas a dualidade do ensino/pesquisa.
Ao relatar historicamente os acontecimentos e percalços sofridos pela geografia brasileira e européia (mais especificamente a francesa e alemã), o autor desperta o desejo de uma analise e discussão mais profunda sobre o ensino de geografia.
Inicialmente ele relata a importância da influencia européia com destaque a francesa, para o desenvolvimento da ciência geográfica. Com ênfase na descrição, essa geografia chamada de tradicional, representava no ensino e portanto para o aluno a necessidade apenas de ter boa memória, pois essa se restringia apenas na enumeração de nomes de rios, montanhas, etc.
A partir de 1930, há no Brasil das duas principais faculdades de filosofia, do IBGE e da AGB. Com isso os geógrafos da USP e da AGB, dão inicio a grande “carga” de embate, sobre a questão do ensino e pesquisa em geografia. Influenciado pela geografia francesa, a geografia brasileira da ênfase aos estudos regionais, considerados a expressão mais fiel da paisagem geográfica. Paralelo a isso, via se na Alemanha o desenvolvimento de uma chamada geografia determinista, sob a influencia do teórico Ratzel. Esse determinismo geográfico para fundamentar a expansão alemã, isto é, a conquista de novos territórios.
Mergulhados em uma rivalidade com os alemães, os franceses lançaram-se numa discussão sobre o espaço geográfico, visando deslegitimar a reflexão geográfica alemã e fundamentar o expansionismo francês, cabendo a fundação da escola francesa de geografia a Vidal de La Blache.
No Brasil, a partir da década de 60, a geografia tradicional começou a sofrer muitas criticas, devido a sua capacidade de apreender a complexidade do mundo capitalista, surge então a geografia “teórico-quantitativa” e dialética, sendo que a ultima encontra mais espaço entre os geógrafos. A partir da década de 70, com os debates acirrados em decorrência da busca de novos paradigmas teóricos para a produção de geografia, a escola publica enfrenta uma grande perda, pois as disciplinas de geografia e de historia foram tiradas do currículo da 5a e 6a series com a inclusão da disciplina de Estudos Sociais. Esse fato estabelecera, emergido em uma serie de acontecimentos que compartilham para a degradação do ensino publico brasileiro, tais como salários baixos, incapacidade na formação de professores, etc.
Entretanto em uma serie de debates e produções geográficas sobre o ensino, percebeu-se a necessidade de uma discussão mais madura sobre as propostas curriculares, introduzindo novamente nos currículos de 5a e 6a series o ensino de geografia e também o e historia.
Com o intenso debate ocorrido em cima do ensino e da pesquisa em geografia, percebemos a necessidade da continuidade do mesmo, sendo de grande necessidade para o amadurecimento da geografia tanto em termos acadêmicos, como escolares.

FONTES, R. M. P do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: UFSC, 1989.

Fichamento

A Geografia na Escola

A geografia mantém relações com o sistema escolar bem mais profundas do que se possa imaginar.
Antes de se instituir o ensino publico, as escolas estavam mais ligadas as elites e as instituições religiosas. Foi somente no séc. XIX que se passou a ter o ensino publico, sendo de inicio uma exigência da classe burguesa, que via no ensino publico uma forma de transmitir e perpetuar seus ideais.
Querendo proteger seus “negócios”, num primeiro momento a burguesia proporcionava as condições para o fortalecimento do estada nação, trazendo a geografia para as escolas por interesses geopolíticos.
Nesse momento a geografia física incumbida de descrever os lugares, fazendo verdadeiras enciclopédias. Os próprios geógrafos proclamavam a geografia como ciência de síntese.
Esse modelo de geografia ensinado hoje nas escolas apesar de aprofundar alterações históricas, econômicas, políticas e sociais, é a reprodução da geografia ensinada a quase dois séculos atrás.
A geografia certamente já existia antes de ser institucionalizada como ensino escolar e universitário, mas foi somente no século XIX, na Alemanha que ela foi de fato sistematizada.
A geografia é primeiramente ensinada na Alemanha por Kant, mas somente co Alexander Von Humboldt e Karl Ritter que essa disciplina ganha mis exposição.
Essa disciplina nasce na Alemanha comprometida com o estado nação, assim como com o capitalismo, dando embasamento teórico para seu crescimento, sem grandes contraposições.
Observamos assim a existencia de duas geografias: Uma dos estados, das grandes empresas capitalistas. A segunda a geografia praticada pelos professores e pesquisadores universitários.
A geografia encontra um espaço muito “fértil” na Alemanha para seu crescimento e institucionalização, pois após unificada, a mesma deseja se expandir e alcançar seus objetivos imperialistas.
Após a derrota da França pela Alemanha em 1870, basicamente todas as causas da vitória da Alemanha são atribuídas ao ensino alemão que era considerado bem mais qualificado que o francês. Assim a França, “copia” o modelo alemão de ensino, dando a sua geografia grande expressão mundial.

Proposta de aula.

Primeiramente eu passaria o texto para todos e na aula seguinte faria uma pequena atividade em cima do texto valendo nota, para estimula-los a ler.
Após essa aula certamente eu exporia em esquemas explicativos no quadro a trajetória do ensino de um modo geral, explicando tudo de acordo com seu contexto histórico e relacionaria com a trajetória do ensino da geografia, relacionado certamente também com seu contexto histórico, assim como político econômico e social.
Por fim falaria sobre as condições da geografia e do seu ensino na atualidade.


Proposta que não se enquadra para dar aula sobre o texto: A geografia na Escola

O texto anterior passa uma explicação historica do ensino de geografia nas escolas. Sendo ele um texto totalmente explicativo e teorico. A proposta que não se enquadra para dar uma aula sobre esse assnto é a (Capacidade de OBSERVAR) pelo motivo dessa proposta ser para um assunto mais pratico e empirico, dando mais atenção a descrição do observado

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